cripto e blockchain ajudam a transformar a vida de jovens no Brasil

Desde sexta (01/12), o Bitcoin (BTC) experimentou uma alta crescente. O principal ativo do mercado começou na sexta-feira abaixo dos US$ 38 mil, e hoje (04/12) é negociado acima dos US$ 42.200.

Para o head de Research do MB, André Franco, esse movimento é natural para os padrões de bull market e, de agora em diante, o que deve acontecer: primeiro, são as altcoins acompanharem esse movimento.

“Então, teremos uma valorização de outros ativos, como Ether e Solana. Por outro lado, também consideramos a possibilidade de uma subsequente queda. Ainda assim, estamos entusiasmados com o cenário atual, mas entendemos que o crescimento não será contínuo, algo que faz parte da dinâmica deste mercado”, disse.

Já Rony Szuster, analista do MB, completou a análise indicando os períodos em que o ativo superou esse marco de US$ 40 mil.

“A primeira vez que o BTC ultrapassou os US$ 40 mil dólares foi em janeiro/2021. Posteriormente, caiu e voltou a superar o marco em julho/2021.Depois, existiu queda, e a recuperação aconteceu apenas em janeiro/2022. Caiu novamente, e recuperou em março/2022”, afirma.

Porém, para além da alta do Bitcoin e das expectativas de valorização futura, tema que domina o noticiário, as postagens nas redes sociais e o imaginário dos investidores, há diversos projetos que buscam nas criptomoedas muito mais do que pumps e #tothemoons e estão usando a tecnologia, independente de seu preço, para transformar a vida das pessoas.

Skate Cuida

Uma destas iniciativas foi a Skate Cuida, que voi lançada na 12ª edição do São Paulo Crypto Hub. A iniciativa arrecadou US$ 10.000, que serão destinados à intervenção artística e instalação de uma pista de skate, doada pela Burnkit, em Paraisópolis, favela com aproximadamente 100 mil habitantes, localizada na zona sul de São Paulo.

A SkateCuida.com, vertente de skate da plataforma thatsgnar.ly, proporciona a skatistas e empresas a oportunidade de angariar fundos para seus próprios projetos. A iniciativa não apenas celebra a cultura do skate, mas também abre um leque de possibilidades para o financiamento colaborativo e inovador de iniciativas relacionadas ao skate.

Além de proporcionar um espaço para a prática da modalidade, o projeto Skate Cuida, liderado por Bob Burnquist, lenda do skate e fundador do Instituto Skate Cuida que estará presente no evento, tem como pilares: Inspirar, Educar e Transformar, e busca promover a arte, a tecnologia e a inclusão social usando o skate como ferramenta.

“A SkateCuida.com é um portal onde a paixão pelo skate se encontra com o poder da tecnologia Web3 usando conteúdos e iniciativas sociais, criando um ambiente único para o desenvolvimento de projetos, ideias e sonhos”, detalha Bob Burnquist.

Sthorm

A Sthorm é um ecossistema fundado por Pablo Lobo e Mariano López Hermida e funciona como um ecossistema que, entre diversas iniciativa, possui um vertente voltada a descentralização da ciência.

Para isso o ecossistema da Sthorm é composto por várias iniciativas como o ViralCure, Artbit, Goodnoise, Theos, Mabloc, Planetary X, Cry.me, Rebelx e Paradox1. Todos voltados a desenvolver iniciativas descentralizadas, open source, em apoio a ciência para permitir o prolongamento da vida na terra.

“Nós queremos usar as mesmas ferramentas que o capitalismo tem para vender produtos, para fazer ciência descentralizada e que seja acessível para todos que quiserem acessar estas inovações. A história de tudo que usamos hoje em tecnologia digital foi construída com base em protocolos open source e queremos levar este conceito para a ciência, para que ela também possa ser acessível para cada vez mais pessoas, pesquisadores e cientistas em todo o mundo”, revelou Pablo Lobo.

Lobo também revelou que a história da Sthorm vem sendo contruída há mais de 10 anos, em diferentes formas, vias e com o apoio de diferentes pessoas em todo o mundo como Matt Sorum, ex-baterista do Guns n Roses.

“Não vamos mudar o mundo, nem acreditamos que nossa utopia de construir uma ciência descentralizada será dominante no futuro. No entanto, a luta é muito mais importante que a vitória. E não vamos parar de lutar”, revelou Boris.

Além do desenvolvimento de anticorpos para a Covid-19 o portfólio de transformação social da Sthorm também conta com o sucesso da arrecadação de US$ 20 milhões para o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP). Os recursos, arrecadados no ano passado, foram usados para financiar as ações de tratamento e pesquisa em torno da pandemia do Coronavírus no Hospital das Clínicas, que se tornou referência em Covid-19 no Brasil.

Entre os apoiadores e integrantes das ações da Sthorm estão cientistas internacionais como Bob Richards, fundador da Singularity University, International Space University, SEDS, Space Generation Foundation e Odyssey Moon. Richards trabalhou ao lado de Carl Sagan e se tornou um evangelista do movimento “NewSpace”, um catalisador para vários negócios espaciais.

O ecossistema da Sthorm também conta com o renomado Prof. Dr. Esper Kallás, chefe do Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP); David Watkins, professor de patologia da George Washington University e Michael Ricciardi, Diretor Associado de Pesquisa Translacional da mesma universidade.

À frente do ecossitema, Pablo, Mariano e Matt revelaram que todas as ferramentas do ecossistema descentralizado das criptomoedas e da blockchain serão usadas pela Sthorm em seu objetivo de ‘viralizar’ a ciência. Entre as ações que devem ser lançadas em breve está ações com DAO, metaverso e coleções em NFT de Matt Sorum.

“Que tal acompanhar uma sessão de bateria com Matt Sorum no metaverso ao mesmo tempo em que ajuda a fazer ciência que irá salvar a vida de pessoas pelo mundo. Isso seria uma boa ideia, pois então essa ideia será realidade”, finalizou Sorum.

Akoma Black Web3

Conectar projetos da comunidade preta. É com esse objetivo que a OnePercent anunciou o lançamento do Akoma Black Web3. A iniciativa busca impulsionar, através da tecnologia, inovações com potencial de transformação social, econômica e cultural para a comunidade negra.

“O Akoma foi criado para a comunidade negra brasileira, africana e afrodiaspórica. Queremos construir um espaço de fomento de tecnologias de sobrevivência e potencialização das conexões ancestrais pelo uso da tokenização e demais tecnologias blockchain”, explica Fausto Vanin, sócio da OnePercent.

Fausto Vanin, além de cofundador da OnePercent, é ativista no uso de tecnologias para elevação do povo preto brasileiro há anos e atua em causas relacionadas à redução de desigualdades, impacto social e ambiental.

É voluntário em organizações como Odabá – Associação de Afroempreendedores do Rio Grande do Sul, Fellow do Social Good Brasil, membro da diretoria voluntária da Aldeia da Fraternidade e, recentemente, foi citado pelo Startup Guide do Rio Grande do Sul como um dos empreendedores destaque no ecossistema do estado.

A plataforma Rarum será utilizada para a criação de espaços de inovação para projetos de impacto, negócios, centros culturais e eventos. O Akoma também visa experiências para comunidades através de benefícios, incentivo a crypto arte em NFTs e produtos e serviços.

“O conceito Akoma Ntoaso, símbolo da filosofia Adinkra, significa a conexão entre os corações, a concordância. A Rarum é uma solução de loyalty e engajamento, ou seja, ela valoriza as comunidades e proporciona o desenvolvimento de negócios dentro da plataforma, que poderão ser realizados pelos projetos escolhidos. Isso é algo que dialoga de maneira positiva com a construção dos modelos de consenso na Web3, em tecnologias blockchain”, projeta Vanin.

Para a escolha de projetos que serão contemplados na plataforma Rarum, está aberta uma chamada pública para que os interessados submetam suas ideias para análise. As inscrições podem ser realizadas através do site akoma.rarum.io.

Moss

A Moss, por outro lado, pretende transformar a vida com as criptomoedas incentivando a preservação ambiental e, nessa linha, a proteção da Amazônia e a agenda global de combate às mudanças climáticas têm muito a ganhar com o avanço das aplicações de inteligência artificial (IA) e novas metodologias para o desenvolvimento de projetos de geração de créditos de carbono. Essa é a principal mensagem da participação da Moss, climatech brasileira, na COP28.

Em sua terceira participação consecutiva, a Moss teve dois de seus executivos como conferencistas. Na primeira das duas palestras, a COO da Moss, Cláudia Backes, falou sobre como a automação dos processos utilizando tecnologia nos permitirá ganhar agilidade para desenvolver projetos de geração de créditos de carbono.

A executiva detalhou os desafios atuais com dados de desmatamento e trazer uma visão geral do mercado atual no Brasil, além de exemplificar, como a Moss aplica data lake e algoritmo para rodar o Moss Forest e quais são os resultados.

As aplicações de inteligência artificial foram o assunto da palestra “IA para ação climática: Como podemos salvar a Amazônia com tecnologia”. Nessa apresentação, Backes mostrou como a IA pode ser usada para estruturação de dados relacionados à floresta e para otimização de processos, de forma a evitar que inconsistências na padronização e apresentação de dados para projetos. A COO vai apresentar o modelo da Moss de aplicação de IA e machine learning usado no desenvolvimento de projetos de carbono.

Também falando da dinâmica de geração de créditos de carbono, o diretor técnico da Moss, Daniel Horle, fez a palestra “O futuro do carbono: Novas metodologias para projetos de conservação de alta qualidade”, parte do painel “Descarbonização e sustentabilidade” da COP28. Na sua apresentação, Horle tratou de pontos como custos e falta de acessibilidade, além de possíveis soluções para os projetos ganharem escala.

Criptoativos que incentivam arte e cultura

Ao Cointelegraph, Wiliam Ou, CEO da token.com no Brasil, destacou que alguns projetos de criptoativos também estão buscando alinhar valorização, tokenização e incentivo para transformar a vida das pessoas e, para ilustrar isso, elaborou uma lista de ativos que integram a coleção que ele chamou de “Cultura tokenizada”.

“Essa coleção representa uma oportunidade para quem tem o desejo de conhecer mais sobre esse segmento do ecossistema cripto, que muitas vezes não tem tanta atenção quanto às aplicações financeiras do mercado. Esses projetos destacam como o movimento das criptomoedas é um fenômeno multifacetado, que tem a capacidade de abrir portas para novos artistas e conectar criadores de arte ou de conteúdo com comunidades de fãs espalhados por todo o mundo”, revela Wiliam Ou, CEO da token.com no Brasil.

Alguns dos tokens que compõem a coleção “Cultura tokenizada” e merecem destaque são:

ApeCoin (APE): A ApeCoin alimenta o Otherside, o mundo Metaverse do Bored Ape Yacht Club. O Bored Ape Yacht Club não é apenas um projeto NFT bem-sucedido, é um ícone cultural que define um momento importante na revolução dos tokens. 

Audius (AUDIO): A Audius administra um serviço descentralizado de streaming de música para conectar artistas com seus fãs. O ambicioso projeto espera tornar o setor musical mais justo com seu modelo inovador.

ImmutableX (IMX): A Immutable X tem uma missão: ajudar os NFTs a atingir a adoção em massa, alimentando os jogos da Web3. Se for bem-sucedida, ela poderá desempenhar um papel fundamental no futuro da economia de criadores.  

Decentraland (MANA): Decentraland é a maior plataforma de realidade virtual da Web3. Seus usuários podem usar a rede para trabalhar, jogar, visitar galerias, participar de eventos e mais. Também é possível criar experiências personalizadas. 

Polygon (MATIC): O Polygon oferece suporte a uma série de jogos da Web3, um próspero ecossistema NFT e ostenta uma série de parcerias com marcas como Adidas, Prada e Reddit. Poucos outros projetos são tão focados no lado cultural da Web3. 

The Sandbox (SAND): The Sandbox é uma plataforma de Metaverso com foco em jogos e eventos. Possui parceria com grandes empresas e organizações, como a desenvolvedora de jogos Atari e a banda Avenged Sevenfold. O token SAND é usado para compras e interações no sistema.

Solana (SOL): Com um ecossistema próspero de NFTs, projetos promissores de jogos em andamento e uma comunidade vibrante de apoiadores leais, a Solana é uma das redes blockchain mais culturais da Web3.