Artistas receberam até R$ 400 mil de cachê na Virada Cultural de 2023, em São Paulo. A verba é da Secretaria Municipal de Cultura. A administração municipal, comandada pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), investiu R$ 20 milhões no evento.
Carlinhos Brown recebeu o maior cachê na Virada Cultural: R$ 400 mil. Léo Santana e Glória Groove aparecem na sequência, com R$ 350 mil cada um. Iza é a quarta colocada, com cachê de R$ 330 mil. Raça Negra e Tarcísio de Acordeon receberam individualmente R$ 300 mil.
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Confira a lista dos maiores cachês da Vira Cultural
- 1) Carlinhos Brown (R$ 400 mil)
- 2) Léo Santana (R$ 350 mil)
- 3) Glória Groove (R$ 350 mil)
- 4) Iza (R$ 330 mil)
- 5) Raça Negra (R$ 300 mil)
- 6) Tarcísio do Acordeon (R$ 300 mil)
- 7) Simone Mendes (R$ 290 mil)
- 8) Zé Vaqueiro (R$ 288 mil)
- 9) Emicida (R$ 285 mil)
- 10) L7nnon (R$ 284,2 mil)
O rapper Emicida, um dos que embolsaram milhares de reais para se apresentar na Virada Cultural, discutiu com o ex-deputado estadual Arthur do Val. O motivo: o ex-parlamentar de São Paulo criticou o fato de o cantor receber dinheiro oriundo dos pagadores de impostos para participar do espetáculo.
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“Em vez de fomentar artistas que realmente precisam, como atores, cantores, cenógrafos e figurinistas, que muitas vezes estão esquecidos nas periferias e lutando todos os dias para a verdadeira inclusão cultural, preferem dar cachês polposos para artistas já estabelecidos e bem remunerados”, disse Do Val, no Twitter. “Via de regra, esses shows ainda acontecem nas regiões centrais da cidade, onde se concentram os mais ricos. Não é pela cultura, nunca foi. É pela política de pão e circo e apoio da patota.”
A partir de agora serei um artista, e como estou muito preocupado em levar cultura ao povo, solicito 285 mil reais em dinheiro de impostos pra fazer meu show.
— Arthur do Val – Mamaefalei (@arthurmoledoval) June 6, 2023
Emicida rebateu. “Tem gente que trabalha, gera empregos, valoriza a cultura, fomenta o comércio local, leva novos artistas pra participar do espetáculo e faz girar a economia da cultura e da quebrada”, disse. “Esse é nosso caso. E Tem gente como você, que tenta fazer turismo sexual em zona de guerra.”