O Santos anunciou neste sábado que fez um acordo com a Doyen, em negócio que envolve a dívida mais expressiva do clube nesta última década. Contraída em dezembro de 2013 com a chegada de Leandro Damião, a dívida assombrou os cofres do Peixe nos últimos sete anos e meio.
O Santos deveria ter pagado a última parcela do negócio (5 milhões de euros) em setembro de 2019, algo que não aconteceu e rendeu uma discussão judicial. A Doyen cobrou 15 milhões de euros na Justiça e o clube anunciou uma redução de cerca de 45% desse valor a ser quitado. O Santos fará o pagamento até o final de 2023.
O Peixe também noticiou que o clube vinha sofrendo bloqueios diários em suas contas por conta dessa dívida. Isso até a obtenção de uma liminar liberando 15% e, posteriormente, 85% das receitas ordinárias, mas mantendo as receitas extraordinárias, como venda de atletas, inteiramente bloqueadas.
“Como se sabe, as receitas ordinárias do clube ainda não estão à altura das despesas. E ainda temos uma série de dívidas a serem pagas. Dos dez grandes problemas financeiros, nove estão com acordos fechados agora. Vamos honrar esses pagamentos para garantir a reorganização financeira de nossa instituição”, afirmou o presidente do Santos, Andres Rueda.
O clube também explicou que esse acordo só foi alcançado usando parte do dinheiro da venda do zagueiro Luan Peres para o Olympique de Marseille, da França. Para que o Santos topasse fazer o negócio, o Club Brugge teve que abrir mão de uma porcentagem da venda e o empresário de Luan também acabou não recebendo o restante da comissão devida pela contratação do jogador ao Santos, em janeiro de 2021.
“Sabíamos que 2021 seria um ano que doeria na carne do santista. É muito doloroso anunciar que perderemos Luan, o zagueiro que foi a primeira contratação da nossa gestão. Confiamos muito em seu futebol, mas, infelizmente, neste momento, foi a solução encontrada. Mesmo com todas as dificuldades, estamos conseguindo honrar os compromissos de curto prazo, como salários, direitos de imagem, todos em dia, além de impostos e acordos diversos”, completou Rueda.
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